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PRIMAVERA - Bougainvillea glabra

Ocorrência – Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso do Sul até Santa Catarina.


Outros nomes - três-marias, buganvília, buganvile, sempre-lustrosa, santa-rita, ceboleiro, roseiro, roseta, pataguinha, pau-de-roseira, flor-de-papel, riso do prado, juvu, cansarina, primavera arbórea.


Características – trepadeira lenhosa, muito vigorosa, pode atingir 20 m de altura, cujo tronco chega a atingir 40 a 80 cm de diâmetro. Em seu habitat natural, a primavera cresce encostada em grandes árvores e utiliza-se delas como tutores, emitindo brotações muito vigorosas na vertical, até atingir o topo da árvore. Aí, então, abre-se em copa e suas folhas e flores se confundem com as da própria árvore que serviu de apoio. Desenvolve longos ramos, com espinhos recurvados. Folhas pequenas, lisas, membranáceas, levemente alongadas e brilhantes de tamanhos
variados. As belas e coloridas "flores" da primavera não são exatamente as flores da planta: são brácteas (folhas modificadas) que envolvem as verdadeiras, e relativamente insignificantes. As verdadeiras flores são pequenas e projetadas, de coloração amarelo creme. Pode ser conduzida como arbusto, arvoreta, cerca-viva e como trepadeira, enfeitando com majestade pérgolas e caramanchões de estrutura forte. Resiste relativamente bem às geadas.


Habitat – Mata Atlântica e floresta estacional semidecidual.
Propagação – sementes, alporquia e estaquia.


Madeira – leve, mole, porosa, de baixa resistência ao apodrecimento


Utilidade – a madeira é utilizada como lenha. A árvore é extremamente ornamental, sendo amplamente utilizada em paisagismo. Útil na regeneração de áreas degradadas.
Florescimento – novembro a fevereiro




A Primavera é uma planta genuinamente brasileira. Ela tornou-se conhecida e muito popular mundialmente após ter sido coletada por Louis Antoine de Bougainville, almirante francês que navegou em volta do mundo no século 18.


Reza a história que este francês teria se encantado com esta singular planta que ocorria nas serras do Rio de Janeiro. Desta forma, coletou alguns exemplares que foram levados à Europa e ofertados ao Rei Luís XIV, assim difundidas pelo cultivo por todo mundo. Uma amostra destas plantas encontra-se depositada no Museu de Paris sendo a primeira referência formal a esta planta brasileira. Bonganville foi homenageado pela descoberta, tendo a bela planta ofertada ao Rei recebido o seu nome latinizado: Bouganvillea, ou planta de Bouganville. O segundo nome, glabra, refere-se ao fato da planta não possuir pêlos nas folhas, lisa ou despida de pêlos, em latim.


De todas as trepadeiras é sem dúvida uma das mais cultivadas nos jardins tropicais do mundo inteiro e também em vasos, nos países frios. Com podas adequadas pode ser cultivada como uma arvoreta ou árvore uma vez obtido um tronco suficientemente forte, dispensando então qualquer tutor. Na verdade este comportamento, chamado de escandente ou "apoiante", é comum para algumas plantas, que crescem "apoiando-se" em outras plantas até conseguir sustento próprio. Através de podas bem conduzidas pode-se "moldar" a Primavera, obtendo praticamente a forma que se quiser da planta. No entanto, salvo na natureza em que ela pode ser encontrada como uma árvore de grande porte, esta forma raramente é observada no Brasil.






Floresce abundantemente na primavera e também no começo do outono, daí o seu nome popular. Na Europa ela floresce em geral apenas na primavera. Três-marias é um nome popular referindo-se às três brácteas coloridas que envolvem pequenas flores verdadeiras. Bonganvílea é outro nome popular que refere-se ao seu nome científico.


A planta do francês possuia flores roxo purpúreo, enquanto outra espécie descoberta posteriormente possui flores avermelhadas, recebendo outro nome, Bounganvillea spectabilis. Destas duas espécies obtiveram-se híbridos e muitas variedades de cor, desde o branco (variedade "branca-de-neve") até o salmão (variedade "orange king"). A espécie B. glabra possui folhas menores, lustrosas e lisas, caules mais curtos, poucos espinhos e floradas mais contínuas. A espécie B. spectabilis é mais vigorosa, possui caules longos com grandes espinhos curvados, folhas maiores e aveludadas.


CULTIVO


As Primaveras preferem solos férteis e ricos em matéria orgânica.


As mudas são feitas normalmente por estacas e raramente por sementes.


As podas devem ser efetuadas somente entre julho e agosto. Como as podas podem reduzir as floradas subsequentes, convém remover apenas galhos velhos ou mal formados, procurando equilibrar a planta.


Pode ser conduzida como trepadeira, sobre pérgolas, muros ou arcos, ou como árvores ou arvoretas através de podas bem orientadas.


Um bom formato pode ser obtido reduzindo-se os galhos compridos a 30 a 40 cm do ramo velho ou tronco, retirando-se os ramos "ladrões" (brotos vigorosos que saem em geral da base da planta diminuindo o vigor da copa).


Para aumentar a floração convém adubá-la com um adubo completo após a poda.

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